FRANCA, NO INTERIOR DE
SÃO PAULO, REGISTRA SÉRIE
DE CASOS BIZARROS
O que acontece em Franca? A cidade de 330 mil habitantes
na região de Ribeirão Preto, a 400 km de São Paulo,
registrou nos últimos três meses três histórias bizarras,
todas relacionadas ao mesmo local: o Cemitério da Saudade
, o mais antigo do município.
No dia 27 de setembro, um casal gay na faixa dos cinqüenta
27 do mesmo mês, uma quadrilha roubou 17 vasos de bronze
Tudo no Cemitério da Saudade.
Um dos delegados da Seccional de Franca, Luís Carlos de
Almeida, considera os casos “muito bizarros” e conta que,
em dez anos de trabalho na cidade, nunca se deparou com
casos assim. “Mas em uma cidade igual a nossa não pode
ser mesmo tudo certinho sempre”, diz.
O primeiro dos casos, o dos namorados gays, chocou na
época (a começar pela viúva do dono da lápide, que
viu tudo), mas não deixou muitas lembranças. O padre
Márcio Rigolin, um dos vigários da Catedral Nossa Senhora
da Conceição, vizinha ao cemitério, não sabe do caso até
hoje. "Nem posso comentar", diz tranqüilo.
Em contraste, o caso seguinte, o do caixão-cama, caiu na boca
dos francanos. “Um pessoal estava passando na rua, viu o caixão
fora do cemitério e avisou a polícia. Imagina o susto. Você está
passando do lado do cemitério e vê um caixão na rua. Imagina”,
diz o tenente Sérgio Buranelli, comandante da Guarda Civil e
diretor da Divisão de Segurança do município.
“Quando fiquei sabendo do gótico, achei muito estranho”,
conta o artesão e comerciante Leandro Henrique Borges,
de 27 anos. Leandro soube do caso pela mãe e conta que não
ficou alarmado. “Meu pai está lá naquele cemitério há 16 anos. E
meu meu avô, que morreu há três meses, também. Mas onde
eles estão seria muito difícil tentarem tirar o caixão”, afirma.
O caso mais recente, dos vasos, não rendeu piada alguma.
O comandante da Guarda Municipal classifica o crime como
"uma dessas coisas loucas” e garante que o grupo que invadiu
o cemitério para levar as peças de bronze será preso.
“A Polícia Militar está em cima desse caso, a Guarda
Civil aumentou as rondas na região do cemitério e a
Polícia Civil também está envolvida”, assegura.
Apesar dos sustos de quando ouviram essas notícias, os
francanos ouvidos pelo G1 tentam, hoje, esconder o pasmo.
“Eu não me assustei com isso, não", conta Terezinha Augusta,
que mora em Franca há 28 anos e é enfermeira. "Meu marido é
sargento e a gente vê tanta coisa acontecendo. O povo comenta esse
caso do casal, do gótico, pergunta para mim: ‘vc viu?’ e eu digo ‘vi,
e daí?’ Porque não eu não tenho medo disso”.
Caso do gótico que queria transformar um caixão em cama caiu na boca
dos francanos
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